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Os Elementos de uma Identidade Sonora que Você Deveria Conhecer (Mas Provavelmente Não Conhece)

A identidade sonora é tipo aquele parente excêntrico que todo mundo ignora na reunião de família, mas que, no fundo, é o mais interessante da festa. Enquanto você tá aí obcecado com logos bonitinhos e filtros de Instagram, as marcas realmente espertas estão usando o som pra te pegar pelo ouvido – e pelo coração. Então, pega um café, senta aí e deixa eu te explicar quais são os elementos dessa mágica subestimada e pra que eles servem. Spoiler: não é só pra fazer barulhinho.

Os Elementos da Identidade Sonora (e Por Que Você Deveria Dar Bola Pra Eles):

Logo Sonoro (Sonic Logo / Audio Logo)
  • É aquele som curtinho, direto e inconfundível que entra no seu ouvido sem pedir licença. Tipo o “tu-dum” da Netflix ou o “Intel Inside” que você lembra até hoje.
  • Pra que serve: Pra ser o DNA auditivo da marca. Aparece no início ou fim de um vídeo, um app, um comercial. Cria associação rápida, como se fosse uma logomarca só que pro ouvido.
Jingle
  • Aquela musiquinha chata que você odeia amar, tipo “Soy loca por pipoca e Guaraná”. Sim, você vai cantar isso agora, eu sei (essa nova geração nem vai saber o vício que era essas propagandas rsrs).
  • Pra que serve: Pra te hipnotizar e fazer você comprar algo sem nem perceber. Funciona bem em campanhas, comerciais e qualquer ação que precise de lembrança a longo prazo.
Vinheta Sonora
  • Um pedacinho de som que dá o tom, como a abertura do Super Cine, que te dá uma sensação de suspense e “alerta” que não sabe explicar – aqui na Famulli criamos somente a Vinheta Sonora, todavia temos parceiros que criam a parte visual e animada, isso significa que você não precisa se preocupar em sair caçando animadores!
  • Pra que serve: Pra marcar começo, fim, transições e alertas. É o recurso que sinaliza momentos-chave da sua comunicação.
Trilha Sonora
  • A música que te embala, tipo a de Star Wars, que te faz querer salvar a galáxia mesmo estando de pijama no sofá.
  • Pra que serve: Pra mexer com suas emoções e te convencer a gastar dinheiro ou chorar – às vezes os dois.
  • Nota: A trilha sonora pode servir também como um “plural”, onde engloba várias obras numa espécie de pacote. Ex.: A Trilha Sonora Original de Star Wars compõe as obras: The Last Jedi, The Sacred Jedi Texts, The Force Is With You e etc.
Música Tema (Theme Song)
  • A música que grita a identidade de algo, como a abertura dos filmes do 007, que te faz pensar que pode ser um baita galã mesmo nascendo com uma cara “abençoada”.
  • Pra que serve: Pra criar um laço emocional tão forte que você nem percebe que tá sendo manipulado. Fofo, né?
  • Nota: Música Tema e Trilha Sonora podem parecer a mesma coisa, e em muitos casos as pessoas encaram como a mesma coisa e é normal. Até mesmo no mundo da produção musical há essa discussão. Eu encaro como se a Música Tema precisasse ser a manifestação sonora de um personagem em específico, mas convenhamos, o importante é ficar na mente do povo e isso que realmente dá resultado hehe – no caso de marcas, ainda mais se o branding estiver em dia, esse reconhecimento se eterniza na mente do cliente.
Fundo Musical (Background Music)
  • É o som que você não percebe, mas sentiria falta se não estivesse lá. Só que quando bem feito, ele não é invisível, é essencial.
  • Pra que serve: Pra suavizar a mensagem de um vídeo que vê nas redes sociais ou simplesmente, no caso da vida real, pra disfarçar o tédio e te manter calmo enquanto espera o suporte daquela central que demora 1h pra te dar uma resposta desanimadora (choremos).
Som Ambiente (Ambient Sound)
  • Sons naturais ou artificiais que existem em um determinado espaço ou contexto, geralmente sem muita intervenção ou planejamento.
  • Pra que serve: Pra criar um contexto ou realismo. É mais sobre “preencher o espaço” do que sobre emocionar ou transmitir uma mensagem específica – isso significa que se pode usar o próprio ambiente e até mesmo o silêncio de forma estratégica.
Ambientação Sonora (Soundscape)
  • Aqui a coisa fica mais elaborada. É uma combinação intencional de sons — que pode incluir música, efeitos sonoros e camadas que evoluem — criada pra construir uma atmosfera imersiva e específica. É como um “cenário sonoro” que te leva a um lugar ou estado emocional.
  • Pra que serve: Pra criar uma experiência rica e envolvente, muitas vezes alinhada a um propósito, como reforçar uma marca ou influenciar o humor de quem ouve.
Sound Design (o “pai” dos efeitos sonoros)
  • É o “click” do app, o “whoosh” da transição, o “ding” da notificação. Pequenos sons, grandes funções.
  • Pra que serve: Pra indicar, reforçar, conectar e dar feedback ao usuário. É vital em interfaces, games, animações e edição de conteúdo.
  • Nota: Aqui se encaixa também o Sound UX, já que ambos são experiências guiadas por som, deixando o contexto mais intuitivo, prazeroso e responsivo.
Voz da Marca (Voice Over / Sonic Persona)
  • A voz que fala por você. Pode ser uma pessoa, uma IA, um tom específico. O importante é ter coerência com o que a marca é. Como no exemplo abaixo, o que corroborou para a fama do Mister M no Brasil muito se deu por conta da voz marcante de Cid Moreira — o que se encaixa perfeitamente como uma Voz da Marca, já que é inconfundível.
  • Pra que serve: Pra construir conexão, humanizar a comunicação e reforçar identidade. Uma voz boa marca tanto quanto uma trilha.

Agora que você conhece os bastidores da identidade sonora, talvez comece a ouvir tudo de outro jeito. Pode ser que aquele “plim” do app nunca mais soe inocente. Pode ser que o silêncio comece a incomodar. Ou talvez você perceba que sua marca ainda está muda — mesmo gritando no feed.

Seja como for… O ouvido não desaprende. E agora que você ouviu isso, vai ser difícil ignorar.

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