Se você tem um negócio e resolveu colocar uma musiquinha ambiente para dar aquele clima, parabéns: o ECAD pode estar de olho em você. Mas calma, não estamos falando de um serviço premium que cuida com carinho dos artistas e das empresas. Estamos falando de um sistema que, dependendo do humor do dia, pode te mandar um boleto sem aviso e ainda te cobrar juros por um som que você nem sabia que estava devendo.
Quer saber como essa maravilha da burocracia musical funciona? Prepare-se, porque vamos expor o show de falta de transparência do ECAD!
Falta de Transparência na Cobrança
Você já tentou descobrir quanto custa para tocar música em um restaurante, loja ou evento? Boa sorte. O ECAD não solta uma tabela pública e clara com valores fixos. Tudo depende de uma equação misteriosa envolvendo o tamanho do espaço, o número de caixas de som e, em alguns casos, o faturamento da empresa.
Ou seja, o valor só aparece depois que você já está comprometido e, muitas vezes, sem negociação possível. Transparência? Não trabalhamos.
🔗 Como o ECAD calcula tarifas? (Spoiler: você vai sair com mais dúvidas do que entrou.)
Cobrança Retroativa: O “Você Deve e Não Sabe”
Se você não pagou o ECAD nos últimos anos, surpresa! Ele pode te cobrar até cinco anos para trás com juros e multas. É tipo um estacionamento que não te avisa que é pago e, cinco anos depois, manda uma fatura dizendo que você deve por cada minuto que ficou lá.
A cereja do bolo? Não existe um sistema eficiente para te alertar sobre essa obrigação antes da fiscalização. Então, se você é um empresário desavisado, parabéns: seu presente será uma notificação judicial e um boleto com juros dignos de cartão de crédito.
Opacidade na Distribuição de Royalties
Digamos que você aceite pagar a taxa do ECAD, mesmo sem entender muito bem de onde veio. Pelo menos o dinheiro vai para os artistas, certo? Bom, talvez.
O ECAD não detalha publicamente como os royalties são distribuídos entre autores, intérpretes e editoras. Isso significa que:
- Você simplesmente paga e confia que está indo para o lugar certo (risos).
- Você não sabe quanto vai para um artista internacional vs. um nacional.
- Você não sabe quanto o ECAD retém para “custos administrativos” (diz o ECAD que fica com 10%, mas será mesmo?).
O alvo preferido: Pequenos e Médios Negócios
Se você tem um café, loja ou restaurante, prepare-se: a fiscalização do ECAD pode bater na sua porta antes do café esfriar. Por quê? Simples: empresas menores dificilmente têm um time jurídico para contestar cobranças. Já as grandes redes e plataformas digitais (com advogados bem pagos) parecem sofrer menos pressão. Coincidência?
Exemplos Práticos da Opacidade
- Um dono de restaurante recebe uma cobrança de R$ 300/mês pelo uso de música ambiente, mas não sabe como esse valor foi calculado. Ele pediu um relatório detalhado? Sim. Recebeu uma resposta clara? Veremos…
- Se você é músico e acha que está ganhando rios de dinheiro com execuções públicas, sinto informar: muitos artistas relatam receber R$ 0,02 por execução sem qualquer explicação de como esse valor foi definido.
Monopólio e Falta de Concorrência

Essa aqui é de f#der… O ECAD é o único escritório de arrecadação de direitos autorais no Brasil. Isso significa que você não tem para onde correr. Se acha injusto, paciência. Ou paga, ou paga.
Existem projetos de lei tentando abrir concorrência como o PL 5820/2019, mas até agora, nada de concreto. Enquanto isso, o ECAD segue firme e forte, operando no modo “porque sim” desde sempre.
O Que É o PL 5820/2019?
Basicamente, o PL 5820/2019 é uma proposta legislativa que quer tirar o ECAD do pedestal (ou, melhor dizendo, do palco exclusivo) e forçá-lo a prestar mais contas. O objetivo? Que o órgão seja obrigado a deixar de lado as práticas obscuras, como tarifas indefinidas, cobranças retroativas e a misteriosa distribuição de royalties que ninguém entende. É como se, de repente, o grande maestro tivesse que revelar a partitura secreta de todos os acordes que compõem esse espetáculo financeiro.
E o que eu tenho a ver com isso?
Imagine que você é dono de um restaurante ou de uma pequena loja que toca música ambiente. Até agora, você vivia na dúvida: “Será que tô pagando o justo ou tô sendo enganado por algo mal calculado?” O PL 5820/2019 vem para mudar esse cenário, exigindo transparência total – e isso, meus amigos, é música para os ouvidos de qualquer empreendedor cansado de surpresas indesejadas.
Em resumo, o PL 5820/2019 é a tentativa de transformar o espetáculo monopolista do ECAD em algo mais democrático e transparente. Se essa mudança acontecer, poderemos finalmente ter uma orquestra onde todos os instrumentos – dos pequenos negócios aos grandes players – toquem na mesma sintonia. Até lá, continuamos a aplaudir (ou a vaiar) de longe, esperando que a prática se alinhe com a teoria, ou pelo menos que o som da justiça seja “afinado”.
🚨 Como se Proteger da Falta de Transparência do ECAD?
Se você não quer ser refém do ECAD, algumas estratégias podem ajudar:
- Contrate um Consultor Jurídico: Um advogado especializado pode negociar valores e contestar cobranças absurdas.
- Exija Notificação Formal: Peça por escrito o detalhamento do cálculo da cobrança.
- Documente Tudo: Guarde qualquer comunicação com o ECAD para evitar surpresas no futuro.
Conclusão:
Não estamos aqui pra “cagar regra” ou sermos uma espécie de revolucionários. Muito pelo contrário, só queremos mais facilidade para com pessoas que dão o seu suor de todos os dias, pois assim como você, também pagamos IMPOSTOS e transparência é o mínimo que qualquer serviço deveria ter! Aqui na Famulli vamos cometer muitos erros ainda, mas a sinceridade ainda deve ser usada como princípio, não somente dever!